O rico acervo arquitetônico e artístico que se faz presente no seu centro histórico credenciou a cidade de São Luís, a ser declarada patrimônio histórico da humanidade pela ONU para a educação,ciência e cultura UNESCO em 1997. No último censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a ilha ultrapassou a marca de mais de um milhão de habitantes que a torna a 15º cidade mais populosa do Brasil entre as mais de 5.560 cidades brasileiras, 13° entre as capitais, 4º da Região Nordeste e 1° do Maranhão.
A capital maranhense tem um desenvolvido setor industrial por conta de grandes corporações e empresas de diversos áreas que se instalaram na cidade pela sua privilegiada posição geográfica entre as regiões Norte e Nordeste do país, seu litoral estrategicamente localizado bem mais próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiras como Europa e Estados Unidos que permite economia de combustíveis e redução no prazo de entrega de mercadorias provenientes do Brasil pelo Porto de Itaqui que é o 2º mais profundo do mundo e um dos mais movimentados, sofisticados e bem estruturados para o comércio exterior no Brasil. Tudo isso aliado a ligação por linha férrea da capital São Luís ao interior do estado, e aos estados vizinhos do Para, Tocantins e Piauí o que facilita e barateia a escoação agrícola vinda do interior do país para o porto de itaqui, sendo que com a conclusão da Ferrovia Norte-Sul a cidade vai estar interligada a todas as regiões brasileiras (NO, NE, CO, SE e S) por ferrovias, por rodovia a ilha já é servida pela BR-135 que a liga ao continente, e por ar conta com o Aeroprto Internacional Marechal Cunha Machado com capacidade de atender mais um milhão de passageiros por ano, e que já opera com demanda quase saturada pelo movimento intenso de passageiros não somente da cidade de São Luís mais também por servir como porta de entrada por ser o maior e mais movimentado aeroporto próximo ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
São Luís destaca-se não somente pelo seu rico acervo artístico e arquitetônico, mais também pela suas manifestações culturais, como o São João do Marnhão, Tambor de Crioula, Bumba meu boi do Maranhão entre outros, e pela boa estrutura da cidade que além de contar com todas essas manifestações culturais e acervo histórico dos mais relevantes na América Latina conta também com belas praias, ampla e variada rede hoteleira, grandes centros de compras, como Shoping Centers e galerias, bons restaurantes, bares e boates. E diversidade para o entretenimento como teatros, cinemas e atividades culturais no geral.
Prefeitura de São Luís |
Informações Básicas
Aniversário: 8 de Setembro
Fundação: 8 de Setembro de 1612
Gentílico: Ludovicense
Lema: Cidade de Todos
Unidade Federativa: Maranhão
Mesoregião: Norte Maranhense (De Acordo com o IBGE 2008)
Microrregião: Agromeração Urbana de São Luís
Região Metropolitana: São Luís
Municípios Limítrofes: São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa
Área: 827, 141 km²
População: 1 011 943 habitantes (De Acordo com o IBGE 2008)
Densidadade: 1 223,42 hab./km²
Clima: Tropical
Fuso Horário: UTC-3
IDH: 0,778 (Médio de Acordo com o PNUD 2000)
PIB: R$ 14 724 349,610 mil (De Acordo com o IBGE 2008)
PIB per capita: R$ 14 920,92 (De Acordo com o IBGE 2008)
Hino
Ó minha cidade
Deixa-me viver
que eu quero aprender
tua poesia
sol e maresia
lendas e mistérios
luar das serestas
e o azul de teus dias
Quero ouvir à noite
tambores do Congo
gemendo e cantando
dores e saudades
A evocar martírios
lágrimas, açoites
que floriram claros
sóis da liberdade
Quero ler nas ruas
fontes, cantarias
torres e mirantes
igrejas, sobrados
nas lentas ladeiras
que sobem angústias
sonhos do futuro
glórias do passado.
História
A capital maranhense, lembrada hoje pelo enorme casario de arquitetura portuguesa, no início abrigava apenas ocas de madeira e palha e uma paisagem quase intocada. Aqui ficava a aldeia de Upaon-Açu onde os índios tupinambás - entre 200 e 600, segundo cronistas franceses - viviam da agricultura de subsistência (pequenas plantações de mandioca e batata doce) e das ofertas da natureza, caçando, pescando, coletando frutas.
Em 1535, a divisão do país em capitanias hereditárias deu ao tesoureiro João de Barros a primeira oportunidade de colonizar a região.
Na década de 1550 foi fundada a cidade de Nazaré, provavelmente onde hoje é São Luís, que acabou sendo abandonada devido à resistência dos índios e a dificuldade de acesso à ilha.
Daniel de la Touche, conhecido como Senhor de La Ravardière, acompanhado de cerca de 500 homens vindos das cidades francesas de Cancale e Saint-Malo chegou à região em 1612 para fundar a frança equinocial e realizar o sonho francês de se instalar na região dos trópicos. Uma missa rezada por capuchinos e a construção de um forte nomeado de Saint Louis (São Luís), em homenagem prestada a Luís IX patrono da França, e ao rei francês da época Luís XIII. Marcaram a data de fundação da nova cidade: 8 de Setembro. Logo se aliaram aos índios, que foram fiéis companheiros na batalha contra portugueses vindos de Pernambuco decididos a reconquistar o território, o que acabou por acontecer alguns anos depois.
Comandada por Alexandre de Moura, a tropa lusitana expulsou os franceses em 1615 e Jerônimo de Albuquerque foi destacado para comandar a cidade. Açorianos chegaram à cidade em 1620 e a plantação da cana para produção de açúcar e aguardente tornou-se então a principal atividade econômica na região. Os índios foram usados como mão-de-obra na lavoura. A produção foi pequena durante todo o século XVII e, como praticamente não circulava dinheiro na região, os excedentes eram trocados por produtos vindos do Pará, Amazônia e Portugal. Rolos de pano eram um dos objetos valorizados na época, constando inclusive nos testamentos dos senhores mais abastados.
Em 1641, foi a vez dos holandeses de Maurício de Nassau que já comandavam Pernambuco, tomarem a cidade. Chegaram pelo porto do Desterro, saquearam a igreja que nele fica e só foram vencidos três anos depois. Preocupado com o isolamento geográfico e os constantes ataques à região, o governo colonial decidiu então fundar o Estado doMaranhão e Grão Pará independente do resto do país.
A criação da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão em 1682, integrou a região ao grande sistema comercial mantido por Portugal. As plantações de cana, cacau e tabaco eram agora voltadas para exportação, tornando viável a compra de escravos africanos. A Companhia, de gestão privada, passou a administrar os negócios na região em substituição à Câmara Municipal. O alto preço fixado para produtos importados e discordâncias quanto ao modelo de produção, geraram conflitos nas elites que culminaram na Revolta de Beckman considerada a primeira insurreição da colônia contra Portugal. O movimento foi prontamente reprimido pelas forças governistas.
Na segunda metade do século XVIII , devido a Guerra da Secessão, os EUA interrompem sua produção de algodão e abrem espaço para que o Maranhão passe a fornecer a matéria-prima demandada pela Inglaterra. Em 1755 é fundada a Companhia Geral do Comércio do Grão Pará e o porto de São Luís ganha enorme movimento de chegada e saída de produtos. Com a proibição do uso de escravos indígenas e o aumento das plantações, sobe muito o número de escravos negros.
Se desde o final do século XVII novos elementos da civilização européia já chegavam a São Luís por vias marítimas (com destaque para os religiosos carmelitas, jesuítas, e franciscanos que também passaram a educar a população), este processo de modernização aumentou no novo ciclo econômico, trazendo benefícios urbanos para a cidade. Durante o período pombalino (1755-1777), acontece a canalização da rede de água e esgotos e a construção de fontes pela cidade.
Em 1780 é construída a Praça do Comércio, na Praia Grande, que se torna centro da ebulição econômica e cultural de São Luís. Tecidos, móveis, livros e produtos alimentícios, como o azeite português e a cerveja da Inglaterra, eram algumas das novidades vindas do velho continente.
Os filhos dos senhores eram enviados para estudar no exterior, enquanto na periferia da cidade, longe da repressão da polícia e das elites, os escravos fermentavam uma das culturas negras mais ricas do país. Entre as abastadas famílias de comerciantes estava a senhora Ana Jansen, conhecida por maltratar, torturar e até matar seus escravos.
Além de dar nome a uma lagoa que fica na parte nova da cidade, Ana Jansen é também lembrada através de uma lenda: sua carruagem, puxada por cavalos brancos sem cabeça, estaria circulando ainda hoje pelas ruas escuras de São Luís.
O grande fluxo comercial de algodão, que chegou a fazer da capital maranhense a terceira cidade mais populosa do país (atrás apenas do Rio de Janeiro e Salvador), entrou em decadência no fim do século XIX devido à recuperação da produção norte-americana e a abolição da escravatura. A produção agrícola foi aos poucos sendo suplantada pela indústria têxtil que, além de matéria-prima, encontrou mão-de-obra e mercado consumidor na região. A nova atividade colaborou para a expansão geográfica da cidade e surgimento de novos bairros na periferia.
Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azeveo, Gonçalves dias, Graça Aranha, a dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como a Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor-de-crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.
Geografia
O município de São Luís ocupa uma área de 828,01 km² e está localizado no Nordeste do Brasil a 2° ao Sul do Equador, nas coordenadas geográficas latitude S 2º31´ longitude W 44º16, estando à 24 metros acima do nível do mar. Segundo dados do Censo 2000 - IBGE, o município possuía 870.028 habitantes, sendo 837.584 na área urbana e 32.444 na área rural. Segundo este Censo 2000, a população jovem chegava a 63,87% (555.709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375.624 (40,17%) menores de 19 anos.
O município ocupa mais da metade da ilha (57%), e conforme registros da Fundação Nacional de Saúde (1996), a população está distribuída em centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semiurbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
Limita-se com os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. É a maior cidade do estado.
O clima de São Luís é tropical, quente e úmido. A temperatura mínima na maior parte do ano fica entre 20 e 23 graus e a máxima geralmente fica entre 29 e 31 graus. Apresenta duas estações distintas: a estação seca, de agosto a dezembro, e a estação chuvosa, de janeiro a julho. A média pluviométrica é de 2325 mm (CPTEC). A menor temperatura já registrada na cidade foi de 16 °C no mês de maio, e a temperatura máxima já registrada foi de 35 °C no mês de novembro. Fonte: CPTEC.
A capital maranhense encontra-se a altitude de quatro metros acima do nível do mar. Existem baixadas alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície litorânea.
Os principais rios que cortam São Luís são o Bacanga, que atravessa o Parque Estadual do Bacanga, e o Anil, que divide a cidade moderna e o centro histórico. O rio Itapecuru abastece a cidade(embora não passe pela ilha).
A laguna da Jansen (laguna, por existir saídas para o mar) é a principal e maior laguna da ilha, com seis mil metros quadrados de área.
As principais praias da capital maranhense são: Praia Ponta d’Areia: é a mais visitada pela população e pelos turistas, devido ao fácil acesso. Encontra-se a apenas três quilômetros do centro da cidade. Praia de São Marcos: destaca-se por suas fortes ondas, e é bastante procurada por surfistas. Praia do Calhau: é uma das praias mais conhecidas da capital maranhense. Apresenta ondas fracas e dunas cobertas por vegetação. Praia Olho d’Água: localiza-se a 13 quilômetros do centro da cidade. É cercada por dunas e vegetação rasteira. Praia do Meio: localizada entre as praias de Olho D´água e Araçagy, possui águas límpidas e próprias para prática de kitesurf.
Com exceção de alguns trechos da praia do Araçagi, nenhuma outra - Ponta d’Areia, Calhau, São Marcos e Olho d’Água - está em condições para banho. Principal causa: lançamento de esgotos não tratados.
A vegetação da cidade é diversificada e, em sua maior parte, litorânea. Com grande número de coqueiros, São Luís conta também com uma quantidade considerável de manguezais. Encontram-se parques ambientais por toda a capital maranhense, entre os quais, o Parque Estadual do Bacanga que guarda restícios de vegetação da Floresta Amazônica, totalmente preservado.
Demografia
A população da cidade de São Luís é de 1.011.943 habitantes segundo o Censo 2010 do IBGE, sendo assim a maior do Maranhão, a quarta maior do nordeste e a 15ª no Brasil. Tal população encontra-se espalhada numa área de 827,141 km² o que lhe confere uma densidade demográfica de 1.241,74 hab./km². A sua área metropolitana, a Região Metropolitada da Grande São Luís, composta pela capital, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Juntos, perfazem um população de 1.211.270 milhões de habitantes (IBGE/2007).
A cidade é formada por um centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semi-urbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
De acordo com um estudo genético autossômico recente, a composição da população de São Luís foi assim descrita: 42% da herança genética é de origem Européia, 39% de origem Indígena e 19% Africana.
Cultura
São Luís tem manifestações muito fortes como o bumba-meu-boi, festa de tradição afro-indígena que aflora na cidade nas festas do mês de junho. Além disso, possui o Tambor de Crioula, o Cacuriá, o "Tambor de Mina" (religião afro-brasileira, que tem na Casa Grande das Minas Jeje - fundada em meados do século XIX - seu mais importante terreiro, ou Querebetan). Estas manifestações acontecem no período das festas juninas.
No carnaval, a tradição de São Luís é um forte carnaval de rua. Onde os blocos populares se misturam aos brincantes e às bandinhas tradicionais.
No fim do século XVIII o aumento da demanda internacional por algodão para atender as industrial têxtil inglesa aliado à redução da produção norte americana por causa da Guerra de Independência nos Estados Unidos forneceram o cenário ideal para o estímulo da produção algodoeira no Maranhão. As companhias de navegação Southampton & Maranham Company e Maranham Shipping Company, de transporte marítimo a vapor, que realizavam o transporte do algodão dos estados da Geórgia e do Alabama, passaram a operar no eixo São Luís – Londres ou Havre, levando a produção de Caxias e da Baixada Maranhense.
Nesse período, a fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as capitais europeias que as outras cidades brasileiras, foi a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. Recebia semanalmente as últimas novidades da literatura francesa. As grandes fortunas algodoeiras e os comerciais locais enviavam seus filhos para estudar em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e, principalmente, Europa.
É nessa fase que São Luís passa a ser conhecida por "Atenas Brasileira". A denominação decorre do número de escritores locais que exerceram papel importante nos movimentos literários brasileiros a partir do romantismo. Surgiu, assim, a imagem do Maranhão como o estado que fala o melhor português do país.
A primeira gramática do Brasil foi escrita e editada na cidade por Sotero dos Reis. Mesmo nos dias atuais a cidade ainda tem uma grande vocação natural para a literatura e poesia.
A cidade foi tombada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1997. Possui um acervo arquitetônico colonial avaliado em cerca de 3500 prédios, distribuídos por mais de 220 hectaresde centro histórico, sendo grande parte deles sobradões com mirantes, muitos revestidos com preciosos azulejos portugueses. Vários prédios foram restaurados; a Prefeitura, por exemplo, funciona no Palácio la Ravardière, construção de 1689.
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