sábado, 5 de fevereiro de 2011

Big Brother Brasil

O Big Brother Brasil (BBB) é um reality show feito pela produtora de televisão Endemol e é apresentado no Brasil Pela Rede Globo. Teve a sua primeira temporada realizada em 2002. É a versão brasileira do reality show Big Brother, cuja primeira temporada mundial foi realizada em 1999 nos Países Baixos.
O programa consiste no confinamento de um número de participantes (na maioria das temporadas, 14) em uma casa cenográfica, sendo vigiados por câmeras 24 horas por dia, sem conexão com o mundo exterior: os participantes não podem falar com seus parentes e amigos, não podem ler jornais ou usar de qualquer outro meio para obter informações externas.Os participantes são escolhidos pela produção do programa mas podem escolher se querem ou não entrar na casa, eles não ficam na casa obrigados e tem o direito de desistir no meio do programa. No Brasil, o programa, além das transmissões diárias na Rede Globo, é exibido em pay-per-view no canal por assinatura Premiere Shows e com flashes no Multishow.
Logotipo do Big Brother Brasil

Imformações Básicas
Formato: Relity Show
Criador: John de Mol (Versão Neerlandesa)
País de Origem: Brasil/Países Baixos
Idioma Original: Português
Diretores: Boninho (núcleo), LP Simonetti e Carlos Magalhães (direção geral), Pedro Carvana, Carlo Milani, Andre Schultz, Mario Marcondes, Alexandre Guimarães
Apresentadores: Pedro Bial
Tema de Abertura: Vida Real (RPM)
Emissoras de Televisão Lusófonas: Rede Globo, Premiere Shows e Multishow
Transmissão Original: 29 de Janeiro de 2002
Número de Temporadas: 11

Origem e semelhançascom 1984
O nome do programa deve-se ao livro 1984, escrito em 1948 por George Orwell, no qual o Big Brother (ou Grande Irmão, como foi traduzido nas versões lusófonas do livro) é o ditador que tudo vê da Distópica Oceania, líder este que governa o mundo ocidental em um futuro fictício. Representado pela figura de um homem que provavelmente na trama não exista, vigia toda a população através das chamadas teletelas, governando de forma despótica e manipulando a forma de pensar dos habitantes.
O Big Brother orwelliano, na verdade, é o apresentador do programa. Ele é o único contato que os participantes tem com o mundo fora da casa. Além disso, como por exemplo na versão brasileira com Pedro Bial, o apresentador também assume a função de grande irmão ao instruir psicologicamente os participantes. É curioso notar que, como em 1984, quando os participantes do Big Brother veem a imagem do apresentador na tela, esses o enaltecem da mesma forma que os habitantes da Oceania fazem com o Grande Irmão. Há diversas semelhanças entre o programa e o romance. Além da figura do Big Brother, pode-se destacar:
O líder nada mais corresponde do que uma fração que tem o poder inserida na sociedade dentro da casa. Neste caso ele é análogo aos membros do Partido Interno do livro de Orwell. Detém o poder e são subordinados apenas ao Grande Irmão (Bial e Boninho, generalizando a direção do programa). Vale lembrar que a atual existência do G.I no livro é de caráter duvidoso.
A edição do programa, que se assemelha ao papel do Miniver. A "verdade" transmitida às grandes massas que não possuem Pay Per View é totalmente controlada e manipulada, podendo criar heróis e/ou vilões apenas pela disposição das imagens na tela, e pela ordem na qual estas são exibidas.
O quarto branco nada mais é do que uma das celas do Ministério do Amor. Estas possuem apenas uma teletela e mais nada, e sua análoga televisiva, o quarto branco, apenas câmeras e a comunicação com o diretor Fellipe Vianna.

Prêmio
Originalmente o prêmio para o vencedor era de 500 mil reais. Da quinta temporada em diante, o prêmio foi aumentado para 1 milhão de reais. Na décima temporada do programa, o prêmio foi de 1 milhão e meio de reais. Também há prêmios menores para o segundo e terceiro colocado e um prêmio de participação para cada um dos competidores que não tiverem desistido, proporcional à quantidade de programas em que eles tenham aparecido. Outros prêmios (geralmente não em dinheiro) são oferecidos por patrocinadores e são disputados esporadicamente ao longo do programa.

Jogo
Depois de um breve confinamento em um hotel, os participantes são levados em carros à casa, onde são recebidos pelo apresentador. Daí em diante, a cada semana é realizada uma nova prova para a seleção de um novo líder (é possível a um concorrente assumir a liderança por mais de uma vez). O líder é imunizado, isto é, não pode ser eliminado, e tem a obrigação de indicar em aberto um participante que irá ao Paredão (eliminação por votação do público). Os outros concorrentes, um a um, indicam o segundo candidato ao paredão no Confessionário (cabine isolada dos outros participantes). Os telespectadores escolhem o eliminado por telefone e pela internet. O procedimento é repetido todas as semanas até o fim do programa. Na nona edição, diferentemente das anteriores, em alguns paredões foi instituída uma urna contendo bolas brancas e pretas. Quem tirasse a bola preta perdia o direito ao sigilo do voto e era obrigado a faze-lo diante de todos.No Big Brother Brasil 10 foi implantado o "Big Fone", ele toca sempre ás sextas-feiras e qualquer participante pode atendê-lo.A voz que os participantes ouvem dá uma ordem e a pessoa que atendeu deve seguilas.O "Big Fone' pode dar uma notícia boa como a imunidade da pessoa que atendeu, o direito de imunizar outra possoa, ou uma notícia ruim como o dever de colocar alguém no paredão ou até uma promoção como o direito de ir ao Carnaval. Na maioria das vezes a pessoa que atende o "Big Fone" não pode revelar a ordem que lhe foi dada sob pena de ir ao paredão.
O maior motivo de intrigas envolve as escolhas para o paredão. Em todas as temporadas foram testemunhadas a criação de grupos, comumente chamados de "panelinhas", entre alguns participantes, para combinarem o voto. Esses grupos são variados, formados por amigos próximos dentro do programa ou então por homens contra mulheres. Visto que o líder é o único a votar abertamente, muitas vezes o escolhido se desentende com ele.
O mecanismo básico foi modificado em temporadas posteriores do programa, com a inclusão de uma prova para escolher o "Anjo" da semana. O próprio anjo não ganha imunidade, mas pode conceder a um amigo a imunidade ao paredão. Essa imunidade é simbolizada por um colar.
No Big Brother Brasil 7 acontecia o veto ao anjo: depois de anunciado o destinatário do colar, ocorre um sorteio e a pessoa sorteada pode optar por vetar a transferência do colar de anjo. No Big Brother Brasil 8, sai o veto mas o anjo ganha um lado "monstro" onde deve aplicar um castigo em uma ou mais pessoas da casa (o primeiro foi deixar um participante fora da festa), situação que perdura na nona, décima e décima primeira edição.

Horários
Devido à adequeação prevista pela indicação etária do programa, o Big Brother Brasil sempre se inicia após às 21h30. Às segundas, terças, quintas, sextas e sábados de exibições, o programa se inicia por volta das 22h10, com término variando entre 22h40 e 23h15, dependendo do dia. Às quartas, devido ao futebol, o reality show começa às 21h30. Aos domingos, devido à revista eletrônica Fantástico o início se dá após às 23h, normalmente entre 23h10 e 23h25, terminando entre 00h05 e 00h20.

Temporadas
Big Brother Brasil 1: A primeira temporada começou em 29 de Janeiro de 2002. Foi apresentada inicialmente por Pedro Bial e Marisa Orth porém, alguns dias depois da estréia, Bial se tornou o único apresentador. Terminou em 2 de Abril de 2002 com a vitória do dançarino Kleber de Paula, o "Bambam".
Big Brother Brasil 2: A segunda temporada começou pouco depois da primeira, em 14 de Maio de 2002, terminando em 23 de Julho daquele ano. O vencedor foi Rodrigo Fraga Leonel, o "Caubói". Até hoje foi o único BBB de meio de ano: todas as outras versões foram realizadas durante as férias de verão da programação da Globo.
Big Brother Brasil 3: A terceira temporada do BBB foi exibida de 14 de Janeiro a 1 de 2003. André Ferreira (Dhomini) foi o vencedor. Foi nesta edição que houve uma desistência de um participante logo no início da atração.
Big Brother Brasil 4: A quarta temporada do programa foi ao ar de 13 de Janeiro a 6 de Abril de 2004. Pela primeira vez entraram participantes através de sorteio, poucos dias depois dos outros.


Big Brother Brasil 5: O BBB 5 foi realizado de 11 de Janeiro a 29 de Março de 2005. Foi criada uma moeda corrente no programa, a estaleca. Houve mais uma desistência: a participante Marielza sofreu um AVC durante o programa e precisou abandonar a atração. O vencedor foi o baiano Jean Wyllys.
Big Brother Brasil 6: Estreou em 10 de Janeiro de 2006. A vencedora, Maria Nilza (Mara), da Bahia, entrou na casa através de sorteio.
Big Brother Brasil 7: A sétima temporada do BBB estreou em 9 de Janeiro de 2007. Diego Bissolati Gasques, o "Alemão", venceu a disputa em 3 de Abril.
Big Brother Brasil 8: Rafinha Ribeiro foi o Vencedor
Big Brother Brasil 9: A nona temporada teve início no dia 13 de Janeiro de 2009 e fim em 7 de Abril de 2009. Teve como vencedor o artista plástico Max Porto, morador da cidade de Maricá no Estado do Rio
de Janeiro. Esta edição chamou a atenção por terem incluído algumas novidades.
Essa temporada do programa teve a censura de 16 anos pelas imagens explícitas expostas no programa.
Big Brother Brasil 10: A décima temporada iniciou no dia 12 de Janeiro de 2010 e durou até o dia 30 de Março de 2010. O grande vencedor foi o gaúcho Marcelo Dourado, que já havia participado do Big Brother Brasil 4.
Big Brother Brasil 11:
A décima primeira temporada conta com 17 participantes e se iniciou em 11 de janeiro de 2011, com previsão de duração até 29 e março do mesmo ano.
O primeiro colocado ganhará 1,5 milhão de reais, o segundo 150 mil e o terceiro 50 mil.
O programa contará com a entrada de 2 novos participantes, Adriana e Wesley, após a saída de um casal por um paredão quádruplo.

Críticas
Veiculado em horário tardio, mas com chamadas durante toda a programação, o programa ensejou diversos debates acerca de seu conteúdo.
Em janeiro de 2008, a revista Ilustrada, suplemento do jornal Folha de São Paulo, inquiriu três especialistas em educação e psicologia acerca do conteúdo do programa. Estes foram unânimes em afirmar que não há qualquer conteúdo válido para crianças, existe exploração da sensualidade e que prejudicam a formação da criança, como afirmou Carlos Ramiro de Castro. Para a professora de psicologia da educação Maria Silvia Pinto da Rocha o programa expõe as crianças à erotização precoce.
Para o professor de psicologia Valdeci Gonçalves da Silva, entretanto, o programa apresenta alguns aspectos positivos, pois demonstra que o confinamento produz situações alheias à realidade. Para ele, o programa serve como um "laboratório" de apreciação da conduta. Mas o autor ressalta que, "num país tão carente de cultura, o Big é um programa que, com tantos recursos investidos, não consegue passar algo mais instrutivo.
Em 2002, o Professor de Ética jornalística da Faculdade Cáster Libeiro, Eugênio Bucci, publicou contundente artigo em que equipara este reality show ao crime de sequestro( que significa retenção ou encarceramento ilegal de alguém), neste caso às avessas, uma versão circense do delito; para o educador, o programa é de mau gosto em todo o mundo, mas, no Brasil, chega a ser torpe. Compara os participantes a bobos num confinamento prolongado, visando a um sucesso à custa da perda da privacidade e não por um talento, pela qualidade do raciocínio ou por uma obra. Classifica-o como o mais deseducativo programa da  televisão, porque passa valores como o de que a fama justifica qualquer humilhação e a conivência dos adultos face às crianças dá a estas a impressão de que o "circo" da exposição é um meio de ser alguém na vida. Para o professor de ética todos [os participantes] demonstram um pantagruélico apetite pela fama. Desejam mais evidência. Há outras versões a caminho, você pode apostar, sempre com a mesma lógica: pela fama, tudo é sacrificável.








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