sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Açailândia

Açailândia é um município brasileiro do estado do Maranhão. É o oitavo município mais populoso do estado, com um total de 101.130 habitantes segundo estimativa do IBGE em 2009.
A cidade é um importante pólo agro-industrial, onde a exportação de ferro gusa gerada por cinco indústrias siderúrgicas instaladas no município se torna sua principal fonte de renda. Também conta com diversos estabelecimentos comerciais dos mais diversos ramos do comércio e serviços, e possui um dos maiores rebanhos de bovinos do estado.
Fórum de Açailândia

Informações Básicas

Aniversário: 6 de Julho
Fundação: 6 de Julho 1981
Gentílico: Açailandense
Lema: Ordem e Progresso
Prefeito: Ildemar Gonçalves Dos Santos (PSDB)
Unidade Federativa: Maranhão
Mesorregião: Oeste Maranhense (De Acordo com o IBGE 2008)
Microrregião: Imperatriz (De Acordo com o IBGE 2008)
Municípios Limítrofes: Cidelândia, São Francisco do Brejão, João Lisboa, Bom Jesus das Selvas, Bom Jardim, Itinga do Maranhão e Rondon do Pará
Distância até a capital: 600 km
Área: 5 806,307 km²
População: 104 013 habitantes (De Acordo com o IBGE 2010)
Densidade: 17,91 hab./km²
Clima: Equatorial
Fuso Horário: UTC-3
IDH: 0,666 (Médio, de Acordo com o PNUD 2000)
PIB: R$ 1 767 452,776 mil (De Acordo com o IBGE 2008)
PIB per capita: R$ 17 671,52 (De Acordo com IBGE 2008)

Hino

Aqui na cidade onde moro
A cada nascer do sol
Cresce uma nova esperança
Anseios de um povo
Que fala por nós

Na fonte onde vive o poeta
Filho dos Açaizais
Aboios, no campo
Madeira, arroz
E o pranto das nossas sinhás

Açailândia expresso progresso
Eixo do Maranhão
E ao pioneiro o nosso afeto
Do fundo do coração

A mão está sempre aberta
Nos laços da união
Dormem os filhos da terra
Junto aos imigrantes
De toda a nação

Em meio a tanta alegria
Em tanta dedicação
Exaltamos o nome
Que veio de longe
E trouxe a esperança nas mãos

Açailândia expresso progresso
Eixo do Maranhão
E ao pioneiro o nosso afeto
Do fundo do coração.


História

Com a abertura da rodovia Belém-Brasília em 1958 nas proximidades do Riacho Açailândia, ponto de apoio da Rodobrás (1962) desta região, cujos trabalhadores descobriam ali, uma terra fértil com água em abundância. Foi o bastante para que a notícia corresse e em pouco tempo a região foi inundada por pessoas dos quatro cantos do País e algumas nações estrangeiras, tanto é, que em 1975 foi elaborada o Projeto de Lei "Pró-Emancipação" 130/75, até então Vila, cujo Projeto foi sancionado e transformado na Lei 4.299/81 no dia 6 de julho de 1981 tornando assim o Município de direito com o plebiscito realizado no dia 14 de dezempro do mesmo ano o governo do Estado nomeou em maio do ano seguinte um interventor até a posse do primeiro prefeito eleito nas eleições de 15 de Novembro de 1982. A posse do primeiro prefeito eleito, deu-se no dia 1 de Fevereiro de 1983, onde Raimundo Telefres Sampaio se tornou o primeiro prefeito, e de lá para cá já foram 05 administrações, até o momento.
No comando geral da missão da construção da estrada estava o estadista, Presidente Juscelino Kubitschek o qual convidou Bernardo Sayão para a gerência de uma grande obra, que, mais tarde, iria beneficiar e proporcionar o maior surto desenvolvimentista do País. Com visão de estadista, o engenheiro "Sayão" apontava com a mão: "a direção é esta" - que se tornou um símbolo na construção da estrada.
Sob suas ordens, trabalhavam 11 construtoras e aproximadamente 1.200 homens, entre eles profissionais de todos os níveis culturais e sociais: topógrafos, engenheiros, médicos, motoristas, mecânicos e trabalhadores braçais, que eram popularmente conhecidos como "mateiros ou cassacos". Com facões, foices e machados nas mãos, aqueles heróis anônimos iniciaram, em Crixás(GO), a frente de serviço que deu início à construção de uma estrada, a qual foi chamada, na época, pelos detratores da obra e do progresso do Brasil, de "Caminho para Onça". Mesmo assim, Sayão não desistiu; com passos firmes comandava, no cerrado goiano, uma picada rumo ao Norte. Em março de 1958 chegava à cidade de Imperatriz, no Estado do Maranhão. A área da pré-amazônia, como a própria região amazônica, oferece uma infinidade de riachos a quantos a percorram. Portanto, os riachos, rios e igapós, estão intimamente ligados à história e surgimento de cidades da região. Tal como consta nas raízes da nossa história As linhas de frente (como eram chamados os trabalhadores) deram notícia da descoberta de um Riacho, não demorou muito para os trabalhadores fazerem às margens do Riacho, Barracos, cobertos com palha de açaizeiros.
Estes barracos foram as primeiras construções deste lugar, e os mesmos serviram de apoio aos trabalhadores da estrada, por muito tempo. O Riacho e os açaizais ali presente serviram e inspiração para a criação do nome Açailândia. Sabiamente, nossos descobridores soberam homenagear uma planta que Deus criou e que, ainda hoje, é uma dádiva para a população amazônica. Pronta a estrada, para Açailândia vieram muitos aventureiros e, junto com eles vieram, também, venturas e desventuras. Certamente, mais estas que aquelas.
Com o chamado progresso, o controle do ecossistema da região foi modificado, encontrando-se, hoje, totalmente alterado de suas características originais. Mesmo assim, açailândia se tornou um município robusto e promissor.
A principal porta de entrada para esta região, abriu-se a partir da construção da estrada Belém-Brasília, em 1958. A notícia correu por todo Brasil e outros países, dando conta de que, aqui, a terra era boa e os riachos permanentes. Contava-se, também, da fartura de madeiras de lei e de uma mata exuberante. Atraídos por esta notícia, trabalhadores e aventureiros de várias partes do Brasil, e de outros países amigos, vieram, com suas famílias, morar em Açailândia.
Até onde se tem registro, os primeiros a chegar foram os trabalhadores da linha de frente da rodovia Belém-Brasília, que, na sua maioria, eram oriundos das cidades de Barra do Corda, Pedreiras, Caxias e Imperatriz, todas no Maranhão. Os seguintes foram os missionários da Igreja Presbiteriana(de nacionalidade norte-americana), que vieram acompanhados de alguns coreanos, baianos, cearenses, capixabas, goianos, mineiros, pernambucanos, paraibanos, piauienses, etc. Em seguida chegaram os italianos, sírios, japoneses, libaneses, portugueses e ucranianos. Este universo de imigrantes aqui chegava diariamente, a pé, montado em lombo de burros e jumentos, ou em cima de caminhões pau-de-arara. Enfim, vinha gente de todos os lados do Brasil e do mundo. Talvez por isto, hoje, este município tenha uma população miscigenada; mesmo assim, todos têm boa índole, apesar dos costumes e culturas diferentes.

Economia

A análise dos últimos dados consolidados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o município de Açailândia vem crescendo ano a ano, e no período 2002/2003, o município de Açailândia atingiu a taxa de 23% de crescimento. Juntamente com Imperatriz, Caxias, Timon e a capital São Luís formam os maiores centros econômicos do Maranhão.
Produção do ferro gusa em Açailândia.
Os dados mais recentes são do ano de 2003 e confirmam a tendência de crescimento que se registra desde 1999. Açailândia saiu da classificação número 564ª entre 5.560 municípios, em 1999, e subiu para a 270ª posição – ou seja: em quatro anos, saltou 294 lugares. Portanto, o município, economicamente, está entre os 500 maiores do Brasil e consolidou-se com uma das mais importantes economias do estado. Em valores, o PIB de Açailândia em 2003 é de R$ 822,2 milhões, 22,8% maior do que o PIB de 2002, já ajustado pelo IBGE, que totalizou R$ 669,1 milhões.
A principal fonte de economia do município é a exportação de ferro gusa gerada por cinco indústrias siderúrgicas instaladas no distrito industrial do Pequiá, que se constituiu no maior polo guzeiro do Norte e Nordeste do País. Por este motivo, o município tornou-se no terceiro maior arrecadador de ICMS entre os 217 municípios maranhenses.
O município tem cerca de 750 estabelecimentos comerciais em todos os níveis, o comércio, indústria, agricultura e pecuária, também se destacam na economia, tanto que o município possui um dos maiores rebanhos bovinos do estado do Maranhão, um frigorífico instalado na cidade e a expectativa de instalação de outro grande frigorífico, além de uma fábrica de laticínios.
O município possui dezenas de Sindicatos de trabalhadores das mais diversas categorias profissionais, destacando entre estes, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Comerciários, Sindicato dos Servidores Municipais, etc.
Lojas de reconhecimento nacional com filial em Açailândia: Farmácias Big Ben, Farmácias Extra Farma, Armazém Paraíba, Lojas Gabriella, Liliani, Mateus Supermercados, Oticas Diniz, entre outros.
É servida por seis agências bancárias, das quais quatro são Bancos Públicos Federais: Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal; e outras duas são representantes de Bancos Privados: Banco Bradesco e HSBC Bamerindus.

Bairros

Barra Azul, Bom Jardim, Bom Jesus, Brasil Novo, Centro, Cikel, Cjr Morada Sol, Cjr Vale Prindaré, Cjr Vale do Rio Doce, Cohab, Entroncamento, Fátima, Getat, Jacu, Jardim Allah, Jardim América, Jardim Brasil, Jardim Glória, Jardim Tropical, Jardim Imperatriz, Laranjeiras, Maranhão Novo, Matadouro, Monte Sinai, Nova Açailândia, Novo Jacu, Novo Piquiá, Parati, Parque Açaí, Parque das Nações, Parque Industrial, Parque Planalto, Polo Moveleiro, Vila Bom Jardim, Vila Ildemar,Vila Capeloza, Vila Ipiranga,Vila Maranhão, Vila Vila Progresso I, Vila Vila Progresso II, Vila São Francisco, Vila Sarney Filho e Vila Tancredo Neves.

Transporte

A cidade sede do município é privilegiada por sua localização no entroncamento da BR-010 (Belém-Brasília) com a BR-222 (que liga Açailândia com as demais regiões do Nordeste). É ainda o entroncamento da Ferrovia de Carajás com a Ferrovia Norte-Sul constituindo-se no maior entroncamento rodo-ferroviário do Norte e Nordeste do Brasil.
Em Açailândia, o tráfego de passageiros na Ferrovia de Carajás foi aberto somente dois meses e meio depois da inauguração da Ferrovia: em 17 de março 1986 um trem percorreu 540 km partindo de Pequiá, passando por Açailândia, até São Luís, inaugurando o transporte de passageiros na linha. Logo em seguida, o transporte foi estendido até Parauapebas que não é o ponto final da linha, este sim no km 892. Daí para a frente, é feito somente o transporte de minério. O trem percorre a linha três vezes por semana, indo num dia e voltando no seguinte.

Feriados Municipais

6 de Junho - Aniversário da Cidade
4 de Outubro - São Francisco de Assis

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